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MT - Estudo indica que o documento eletrônico é mais barato para o contribuinte
Desenvolvida junto a 45 empresas dos mais diversos portes e atividades, no período de 25 de maio a 15 de junho de 2010
O uso de documento fiscal eletrônico traz vantagens econômicas ao  contribuinte em substituição ao formalizado em papel. É o que evidencia o  trabalho científico realizado em dissertação de mestrado pelo fiscal de  tributos estaduais do Rio Grande do Sul Vinicius Pimentel de Freitas. O  trabalho foi apresentado no XXXVII Encontro de Administradores  Tributários Estaduais (Encat), realizado nos dias 25 e 26 de agosto, em  João Pessoa, na Paraíba. 
Desenvolvida junto a 45 empresas dos mais diversos portes e atividades,  no período de 25 de maio a 15 de junho de 2010, a pesquisa demonstra  redução de custos de impressão (do DANFE, representação gráfica  simplificada da Nota Fiscal Eletrônica - NF-e para acompanhar o trânsito  das mercadorias) e de armazenamento de documentos fiscais, tanto em  estrutura própria quanto terceirizada e independentemente do porte da  empresa. 
As despesas com impressão reduziram 22,49%. Além disso, cerca de 40% das  empresas da amostra terceirizam seus serviços de impressão. Os dados  evidenciam também que a adoção da NF-e reduziu em cerca de 36% os custos  com o trabalho das pessoas envolvidas na emissão de notas fiscais, uma  vez que houve redirecionamento de pessoas para outras áreas da empresa  ou as pessoas envolvidas receberam novas tarefas. 
A pesquisa indica ainda que a maioria das empresas envolvidas no estudo  não esperou o início da obrigatoriedade para utilizar a NF-e, em  substituição à nota fiscal em papel, considerando o retorno do  investimento inicial para a adoção ao modelo digital. 
Sobre a amostra pesquisada, 79% das empresas investiram em soluções  próprias, enquanto 14% utilizam uma solução do tipo software como  serviço. Levantamento sobre a base de notas eletrônicas emitidas  nacionalmente demonstra que 34% das empresas utilizam o programa  gratuito disponibilizado pelo Fisco, orientado especialmente para as  pequenas e médias empresas. 
Para o pesquisador, “a redução das despesas das empresas para atender  exigências legais é também a redução do desperdício de recursos do país,  sendo fruto de iniciativa governamental”. 
Ficou demonstrado, ainda, que estratégias de implementação da NF-e em  conjunto com as reduções individuais nos custos de emissão de notas  fiscais evidenciam que empresas que implementaram a nota eletrônica com  alteração simultânea de processos obtiveram resultados mais expressivos  em redução de despesas. 
Por outro lado, o fiscal afirma que “o aumento da percepção do risco  subjetivo tem como efeito a redução da prática de transações comerciais  fora da formalidade. Isto conduz a um ambiente de negócios em que a  competitividade não ocorre nas práticas escusas, que é um ambiente  economicamente mais saudável e que possibilita a educação fiscal das  novas gerações. Este ambiente traz como consequência maior justiça e  transparência nas relações comerciais que, por sua vez, trazem a  possibilidade de o poder público vir a trabalhar com alterações legais  no sentido de diminuir a carga tributária”. 
O Projeto da NF-e é uma iniciativa da Secretaria da Receita Federal em  parceria com as secretarias de Fazenda dos Estados e empresas  voluntárias. Em Mato Grosso, há atualmente 26.451 empresas obrigadas a  utilizar a NF-e.
